Os índices de reajuste contratual que dominam o mercado
Publicado em 09 de Maio de 2025 às 02:18 PM

Alugar um imóvel é um grande passo, e entender como os reajustes funcionam é essencial para evitar surpresas. Nos últimos anos, os índices de correção de aluguel passaram por mudanças importantes, e hoje, três deles dominam as negociações: o IGP-M, o IPCA e o IVAR. Mas afinal, qual a diferença entre eles? Qual é o melhor para proprietários e inquilinos? Vamos te explicar tudo de forma clara e objetiva!
IGP-M: o tradicional "Aluguel do Mercado"
O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) é, historicamente, o principal índice de reajuste dos aluguéis no Brasil. Calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ele reflete a variação dos preços em três grandes setores:
IPA (60%) - Preços no atacado
IPC (30%) - Inflação ao consumidor
INCC (10%) - Custo da construção civil
Durante muito tempo, ele foi amplamente utilizado nos contratos de aluguel, pois acompanhava bem a inflação. No entanto, nos últimos anos, o IGP-M tem sofrido oscilações bruscas, chegando a acumular altas superiores a 20% ao ano. Isso fez com que muitos inquilinos buscassem alternativas mais estáveis.
IPCA: a inflação oficial do Brasil
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado pelo IBGE e é o principal indicador da inflação oficial do país. Ele mede a variação de preços de bens e serviços consumidos pela população, como alimentação, transporte e saúde.
Nos últimos anos, o IPCA tem apresentado uma estabilidade maior do que o IGP-M, com variações anuais geralmente entre 3% e 6%. Por isso, muitos contratos imobiliários passaram a adotá-lo, garantindo um reajuste mais previsível para ambas as partes.
Vantagens do IPCA para o aluguel:
Menos oscilação do que o IGP-M
Reajustes mais previsíveis
Acompanha melhor o poder de compra da população
IVAR: o novato que ganha espaço
O Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) é um indicador relativamente novo, criado pela FGV em 2022. Ele tem como objetivo medir a variação real dos valores de aluguel praticados no mercado, baseando-se em contratos firmados por imobiliárias.
Ao contrário do IGP-M e do IPCA, que medem inflação de maneira geral, o IVAR reflete diretamente o que está acontecendo com os aluguéis. Se os valores no mercado sobem, o IVAR sobe. Se caem, ele também cai. Isso o torna um índice mais justo para reajustes.
Principais vantagens do IVAR:
Reajuste baseado no mercado imobiliário real
Mais justo para inquilinos e proprietários
Evita distorções causadas por inflação de outros setores
Qual índice escolher para o seu contrato?
A decisão sobre qual índice utilizar depende de diversos fatores, como previsibilidade financeira e equilíbrio entre as partes. Aqui estão algumas recomendações:
Se busca estabilidade: opte pelo IPCA, pois apresenta reajustes mais previsíveis.
Se prefere acompanhar o mercado imobiliário: o IVAR pode ser a melhor opção.
Se deseja seguir a tradição: o IGP-M ainda é amplamente aceito, mas pode trazer surpresas.
Na prática, tudo é uma questão de negociação. Muitos contratos já estão sendo ajustados para substituir o IGP-M pelo IPCA ou IVAR, garantindo mais previsibilidade para todos os envolvidos.
O futuro dos reajustes de aluguel
Os tempos mudaram, e o mercado imobiliário também. Hoje, inquilinos e proprietários têm mais opções para definir o reajuste de seus contratos. Seja com o tradicional IGP-M, o estável IPCA ou o moderno IVAR, o mais importante é escolher um índice que traga segurança e justiça para ambas as partes.
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